A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou uma defesa do Brasil durante audiência do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) nesta segunda-feira, 18. A entidade argumentou que as preocupações levantadas pela USTR, que incluem questões sobre etanol, desmatamento e propriedade intelectual, não justificam medidas restritivas ao comércio entre os dois países, propondo em vez disso abordagens colaborativas para resolver os problemas identificados.
A CNI destacou o sistema de pagamento eletrônico Pix como um exemplo de inovação que beneficia tanto o Brasil quanto os EUA, afirmando que ele não impõe ônus às empresas americanas. Além disso, a confederação ressaltou que o Brasil tem trabalhado em conjunto com os Estados Unidos para promover a demanda global por etanol e biocombustíveis, e que as tarifas aplicadas pelo Brasil a produtos americanos são inferiores às de outros países como Índia e México.
A resposta do governo brasileiro à USTR é aguardada para esta segunda-feira, último dia do prazo para defesa. A CNI enfatizou que as diferenças políticas não devem prejudicar a histórica parceria entre Brasil e EUA, que continua a se desenvolver em várias dimensões, incluindo comércio e cultura.