O governo federal rejeitou na última sexta-feira, 22, um pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) para subsidiar as hospedagens de diplomatas que participarão da COP-30, programada para novembro em Belém. A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, afirmou que não é viável subsidiar delegações, mesmo de países mais ricos que o Brasil, em resposta à pressão internacional sobre os preços abusivos praticados pela rede hoteleira local.
A conferência tem gerado preocupações devido aos altos custos das diárias em Belém, que não chegam a 150 dólares (813 reais), enquanto o auxílio da ONU para outras cidades brasileiras é de cerca de 250 dólares (1.355 reais). Mais de vinte negociadores internacionais já manifestaram sua insatisfação, sugerindo que a conferência poderia ser transferida para outro país se a situação não for resolvida. O governo brasileiro, por sua vez, pediu à ONU que aumente o valor do auxílio oferecido para as estadias.
Em resposta à crise, a organização da COP-30 anunciou a criação de uma força-tarefa para lidar com os preços exorbitantes. Até o momento, 47 delegações diplomáticas confirmaram presença no evento, que ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro. A situação continua a evoluir, com o governo e a rede hoteleira sob pressão para encontrar uma solução viável antes do início da conferência.