Os citricultores brasileiros estão preocupados com o futuro do setor, mesmo após o anúncio do governo Trump que isentou o suco de laranja de uma tarifa de 50%. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) observa que, apesar da exclusão do suco da sobretaxa de 40% nos EUA, subprodutos como óleos essenciais permanecem taxados, levando os produtores a adotar uma postura cautelosa nas negociações para a safra 2025/26.
A incerteza no mercado é acentuada pela queda no volume exportado, que atingiu o menor patamar em quase três décadas, embora a receita tenha alcançado um recorde de US$ 3,48 bilhões. Os citricultores aguardam uma movimentação mais consistente da indústria, que está ajustando os preços e monitorando a oferta e demanda antes de firmar novos contratos. Além disso, a doença greening continua a impactar negativamente as plantações, especialmente nas regiões produtoras de São Paulo.
As implicações dessa situação são significativas para o setor citrícola brasileiro, que enfrenta desafios tanto internos quanto externos. A dependência crescente dos EUA em relação às importações de suco de laranja, devido a problemas na produção local, pode oferecer oportunidades, mas também traz riscos associados às flutuações tarifárias e à recuperação do consumo. Assim, a capitalização obtida nas exportações recentes poderá ser crucial para enfrentar os desafios futuros.