No final de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que proíbe testes de cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal em animais. Com essa medida, o Brasil se junta a um grupo de países que priorizam práticas éticas e sustentáveis, incluindo Israel, Nova Zelândia e 27 nações da União Europeia. Essa mudança reflete uma crescente conscientização sobre a crueldade envolvida nesses testes e a necessidade de alternativas mais humanas.
Nos últimos anos, grandes empresas do setor já haviam eliminado técnicas cruéis em seus processos produtivos, adotando novas tecnologias que se mostram mais seguras e eficientes. A L’Oréal, por exemplo, é pioneira na utilização da EpiSkin, uma pele humana artificial que substitui testes em animais. Outras inovações incluem órgãos-chips e organoides, que imitam funções biológicas e são utilizados para ensaios toxicológicos, permitindo que empresas como Unilever e Procter & Gamble realizem pesquisas sem recorrer a cobaias.
A proibição dos testes em animais também é apoiada por empresas brasileiras como Natura & Co e O Boticário, que já utilizam métodos alternativos para validar a segurança de seus produtos. Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), relator do projeto de lei, destacou a importância dessa mudança diante da crescente consciência social sobre a crueldade animal. A nova legislação não apenas promove o bem-estar animal, mas também incentiva a inovação no setor cosmético.