A agenda política promovida por governadores de direita após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem gerado descontentamento entre os aliados do bolsonarismo. Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente, criticou esses governadores em uma postagem, chamando-os de ‘ratos’ e ‘cúmplices covardes’, em resposta a declarações eleitorais de figuras como Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Romeu Zema (Novo).
O pastor Silas Malafaia, um dos principais apoiadores de Bolsonaro, defendeu a indignação de Carlos, afirmando que os presidenciáveis de direita estão omissos diante da situação do ex-presidente. A prisão de Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, e o iminente julgamento em setembro intensificam a tensão entre os aliados e os governadores que buscam se posicionar para as eleições de 2026.
A insatisfação com a postura dos governadores reflete uma divisão crescente dentro do bolsonarismo, onde muitos acreditam que a anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro deve ser uma prioridade. A falta de críticas diretas a Moraes por parte dos governadores é vista como uma fraqueza, e a ideia de que ‘eleição sem Bolsonaro é golpe’ ressoa entre os mais radicais do clã, complicando ainda mais o cenário político para o futuro próximo.