Uma idosa de 64 anos foi resgatada em Itabuna, Bahia, após mais de 50 anos trabalhando em condições análogas à escravidão. Durante esse longo período, a mulher foi separada de seu filho logo após o parto, com a criança sendo ‘doada’ a terceiros pelas patroas. O resgate ocorreu em uma operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Auditoria Fiscal do Trabalho e da Defensoria Pública da União (DPU) na última segunda-feira (25).
A idosa começou a trabalhar aos 14 anos para o avô de uma das empregadoras e, ao longo das décadas, foi passada de geração para geração dentro da família. Além de não receber salário, ela enfrentou maus-tratos e era proibida de sair de casa. Após o resgate, a mulher passou por exames médicos e atendimento psicológico, enquanto as autoridades tentam localizar o destino do filho que lhe foi tirado.
As empregadoras alegam dificuldades financeiras para arcar com as obrigações trabalhistas e não chegaram a um acordo durante a primeira audiência com o MPT. A vítima está sendo acompanhada por assistentes sociais, que acreditam ser possível reestabelecer o pagamento da pensão que era retirada pelas patroas, permitindo que ela custeie suas despesas após receber uma nova moradia.