Um levantamento da plataforma Planeje Bem, especializada em planejamento sucessório, revelou que famílias brasileiras deixam de resgatar entre R$ 10 mil e R$ 50 mil em benefícios após a morte de parentes. Segundo Carolina Aparício, diretora executiva da empresa, o desconhecimento sobre os chamados ‘ativos invisíveis’ é a principal razão para essa perda financeira. Muitas famílias acreditam que todos os bens precisam passar por inventário, ignorando direitos que podem ser solicitados de forma simples.
Entre os benefícios mais frequentemente esquecidos estão a indenização do Seguro DPVAT (40%), auxílios trabalhistas como FGTS e PIS/Pasep (25% a 30%), além de contas bancárias e investimentos (25%). Carolina ressalta que muitos desses recursos podem ser acessados online, mas exigem documentação específica e prazos que a maioria desconhece. O perfil típico das famílias que não resgatam esses ativos é formado por homens entre 25 e 45 anos, geralmente filhos ou netos do falecido, que após resolver questões práticas, como o funeral, acabam deixando esses pedidos de lado.
Para evitar perdas financeiras significativas, Carolina recomenda que as famílias discutam abertamente sobre bens e direitos em vida e planejem a sucessão. O DPVAT é o benefício mais esquecido, mas auxílios trabalhistas podem ser resgatados com um simples alvará judicial. O Sistema de Valores a Receber (SVR), do Banco Central, também tem sido uma ferramenta útil para recuperar valores esquecidos em contas e investimentos.