Cientistas na Antártida coletam mais de 40 núcleos de sedimentos do fundo do mar para investigar os impactos da atividade humana na região e sua relação com o clima global. Utilizando uma broca especial acoplada a um navio de pesquisa, as equipes conseguem perfurar até 500 metros de profundidade, extraindo amostras que serão analisadas em laboratórios ao redor do mundo, incluindo um em Barcelona, na Espanha. Essas análises visam revelar a história da vida marinha local e medir os níveis de poluição e carbono enterrados na lama.
As amostras precisam ser armazenadas a temperaturas extremamente baixas, -80ºC, para preservar o DNA ambiental e evitar degradação. Essa abordagem científica emergente permite que os pesquisadores extraiam informações genéticas do ambiente, contribuindo para um entendimento mais profundo das interações ecológicas. Além disso, os cientistas buscam compreender o impacto da caça industrial de baleias no aumento de CO₂ na atmosfera, considerando que esses animais armazenam grandes quantidades de carbono em seus corpos.
Os resultados desse trabalho têm implicações significativas para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes no combate às mudanças climáticas. Ao entender como a vida marinha e a poluição interagem com o clima, os pesquisadores podem oferecer insights valiosos para políticas ambientais e conservação. A pesquisa na Antártida se torna, assim, uma peça chave na luta contra as mudanças climáticas globais.