Os Ministérios Públicos Federal e do Estado do Rio de Janeiro estão tentando interromper as prorrogações concedidas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) na unidade de Volta Redonda. Desde 1994, os Termos de Ajuste de Conduta (TAC) têm sido renovados, com o último firmado em 2018 e prorrogado até dezembro de 2026, apesar de cláusulas que proíbem novas extensões. A ação busca não apenas interromper essa prorrogação, mas também suspender gradativamente as unidades de sinterização responsáveis pela poluição do ar na cidade.
A CSN argumenta que a pandemia dificultou o cumprimento integral do TAC e afirma ter investido R$ 1,2 bilhão em melhorias, superando os R$ 300 milhões previstos. No entanto, dados apresentados por organizações da sociedade civil contestam a qualidade do ar divulgada pela empresa, apontando que a poluição continua a afetar a saúde dos moradores. O deputado estadual Jari Oliveira propõe uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a situação e fiscalizar a atuação do Inea e das indústrias no estado.
As implicações dessa situação são significativas, pois a persistência da poluição do ‘pó preto’ representa riscos à saúde da população local. O debate sobre a qualidade do ar em Volta Redonda se intensifica, com moradores e especialistas exigindo ações efetivas para mitigar os impactos ambientais. A resposta da CSN e as ações dos órgãos públicos serão cruciais para determinar o futuro ambiental e de saúde da região.