A Geração Z tem se entregado à cultura dos ‘pequenos mimos’, um hábito que envolve gastar em pequenos luxos como doces e cafés para se recompensar após desafios diários. Naomi Barrales, uma assistente de marketing de 25 anos, exemplifica essa tendência ao se presentear com cookies veganos e refrigerantes após conquistas no trabalho. Embora muitos jovens admitam não se sentir financeiramente seguros, uma pesquisa do Bank of America indica que mais da metade deles compra um mimo pelo menos uma vez por semana, impulsionados pela popularidade dessa prática nas redes sociais, especialmente no TikTok.
O fenômeno dos ‘mimos’ ganhou força na cultura pop desde 2011, mas a Geração Z o transformou em uma experiência coletiva online, com a hashtag ‘sweet little treat meme’ acumulando mais de 23 milhões de vídeos. Essa prática oferece uma sensação passageira de controle em um cenário econômico desafiador, onde os jovens enfrentam preços altos e um mercado de trabalho instável. No entanto, especialistas alertam que esses pequenos gastos podem rapidamente se acumular e comprometer as finanças pessoais, como demonstrado pela experiência de Barrales, que viu sua conta bancária diminuir após meses de indulgências.
Além disso, a normalização dos ‘mimos’ está impactando o mercado, com empreendedores como Tony Park, dono da Angelina Bakery em Nova York, capitalizando sobre essa tendência ao oferecer produtos chamativos e caros. A busca por conforto emocional através do consumo pode levar a um ciclo de gastos excessivos, com 59% dos jovens reconhecendo que frequentemente ultrapassam seus orçamentos. Assim, enquanto os ‘mimos’ proporcionam satisfação momentânea, eles também levantam questões sobre a saúde financeira a longo prazo da Geração Z.