Uma pesquisa publicada na revista Nature Medicine revelou que um pulmão de porco geneticamente modificado funcionou por nove dias em um ser humano com morte encefálica. O procedimento, realizado pela primeira vez com um pulmão, foi feito em um homem de 39 anos que havia sofrido uma hemorragia cerebral. Durante o período em que o órgão esteve implantado, não foram observados sinais de infecção ou rejeição, embora tenha ocorrido um edema grave após a restauração do fluxo sanguíneo.
Os cientistas destacam que esse transplante é um marco na área de xenotransplantes, que envolve a transferência de órgãos entre espécies. Apesar do sucesso inicial, o paciente já havia sido declarado morto, levantando questões sobre a viabilidade do procedimento em humanos vivos. Para que isso ocorra, mais estudos são necessários, especialmente para aprimorar as modificações genéticas e evitar rejeições a longo prazo.
Os xenotransplantes enfrentam desafios significativos, como a rejeição do órgão pelo sistema imunológico e o risco de transmissão de doenças. A pesquisa enfatiza a importância de continuar os estudos para garantir a segurança e eficácia dessa técnica inovadora, que pode oferecer uma solução para a escassez de órgãos disponíveis para transplante.