Na terça-feira, mais famílias palestinas deixaram a Cidade de Gaza após uma noite marcada por intensos bombardeios israelenses. Os ataques aéreos e de tanques, que se concentraram nos subúrbios de Sabra, Shejaia e Tuffah, além de Jabalia, resultaram em destruição de infraestruturas e um número alarmante de mortes, incluindo jornalistas. As Forças Armadas israelenses justificam as operações como necessárias para localizar armamentos e destruir túneis utilizados por militantes do Hamas.
Enquanto isso, em Israel, manifestantes bloquearam estradas em Tel Aviv e outras cidades, segurando fotos de reféns ainda mantidos em Gaza e clamando pelo fim da guerra. A insatisfação com a estratégia militar do governo cresce, com famílias de reféns questionando a falta de um objetivo claro na guerra que se intensificou desde 7 de outubro. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu lamentou os incidentes trágicos, mas a pressão popular por mudanças se intensifica.
A situação em Gaza se agrava, com a ONU alertando para uma crise humanitária sem precedentes. Desde o início do conflito, mais de 62.000 palestinos foram mortos, a maioria civis, e a população local enfrenta deslocamento em massa. O futuro da região permanece incerto, com questões sobre quem governará Gaza após o conflito e como será a reconstrução do território devastado.