Agosto é reconhecido como o mês das lesbianidades, com datas importantes que celebram e discutem a identidade lésbica. O Dia do Orgulho Lésbico, em 19 de agosto, é uma celebração festiva, enquanto a Visibilidade Lésbica, em 29 de agosto, traz à tona questões políticas e sociais relevantes para a comunidade. A autora reflete sobre a efemeridade dessas comemorações e a necessidade de um reconhecimento contínuo das lésbicas, que muitas vezes são esquecidas após o mês de agosto.
A autora menciona que, apesar da visibilidade temporária, as lésbicas enfrentam uma realidade onde suas vozes são frequentemente silenciadas após as celebrações. Ela destaca a importância de se falar sobre as vivências lésbicas durante todo o ano, não apenas em agosto, e critica a forma como a sociedade tende a relegar essas discussões a um espaço limitado. A luta por direitos e reconhecimento deve ser constante, refletindo a diversidade e complexidade das experiências lésbicas.
Além disso, a autora compartilha suas reflexões pessoais sobre a raiva e a dor que permeiam a experiência lésbica, questionando como isso influencia sua produção artística e escrita. Ela propõe que a existência lésbica deve ser celebrada diariamente, não apenas em datas específicas, e que é fundamental garantir um espaço seguro e digno para todas as mulheres. Essa mensagem ressoa com a necessidade de um apoio contínuo às pautas lésbicas e feministas, promovendo uma sociedade mais inclusiva e justa.